O Aliança pelo Brasil foi criado para ser o reduto do campo conservador mais à direita no Brasil. Seus idealizadores, entre eles o presidente Jair Bolsonaro, acreditavam que conseguiriam facilmente legalizar a legenda antes das eleições municipais deste ano. O pouco tempo para vencer as etapas no Tribunal Superior Eleitoral parecia não preocupar os apoiadores. No entanto, a realidade é outra. Passados quase 9 meses desde o evento de lançamento do partido, o Aliança pelo Brasil conseguiu apenas 3% das assinaturas necessárias para sua regularização no TSE, ou seja, a legenda pode ficar só no papel, e os bolsonaristas precisarão de outra casa para chamar de sua, mesmo que alugada.
Afinal, sem o Aliança pelo Brasil, qual será o papel de Bolsonaro nas eleições municipais? Bolsonaro desistirá da ideia de um novo partido e vai se abrigar em outra legenda? Na edição de hoje, conversamos sobre o assunto com a repórter do Estadão em Brasília, Camila Turtelli, e com o cientista político Rafael Cortez, da Tendências Consultoria.