Desemprego em alta, inflação na casa dos dois dígitos, recessão técnica com pequena queda do PIB. O cenário não parece muito animador para o Brasil de 2022. Com os efeitos da pandemia, a projeção dos economistas não é muito animadora.
Para este ano, o mercado financeiro subiu de 5% para 5,02% a estimativa de inflação. Já para o governo, a meta central de inflação para 2022 é de 3,50%. O mercado reduziu também a previsão de alta do PIB de 0,58% para 0,51%, para este ano. No entanto, o Ministério da Economia insistiu em manter a previsão de crescimento do PIB, acima de 2%.
Para controlar a inflação, que tem impacto direto no preço de produtos e serviços, o Comitê de Política Monetária deve subir a taxa Selic para os dois dígitos, chegando a 11,25%.
Soma-se a isso, o início do pagamento de um novo auxílio de 400 reais para os mais pobres, que foi o estopim para a aprovação da chamada PEC dos Precatórios, que abriu um espaço fiscal, acima do teto de gastos, de mais de 80 bilhões de reais.
Para a economista Elena Landau, ouvida pelo podcast, um dos maiores responsáveis pela situação do País é o atual presidente que, segundo ela, não deve se reeleger. “Eu tenho certeza absoluta que Bolsonaro não vai se reeleger. Temos que olhar para 2022 preparando o Brasil para se curar dessa doença, organizar a sociedade, recuperar a imagem do País na comunidade internacional”, afirma a economista.
No episódio do Estadão Notícias vamos projetar o futuro da nossa economia e os desafios para este ano com a colunista do Estadão, Adriana Fernandes, e também com a economista Elena Landau.
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Apresentação: Emanuel Bomfim
Produção/Edição: Gustavo Lopes, Jefferson Perleberg e Ana Paula Niederauer.
Montagem: Moacir Biasi