O mesmo motivo que, segundo a Rússia, desencadeou o conflito em território ucraniano, pode se estender a outros países. Segundo Vladimir Putin, a tentativa da Ucrânia em integrar a Otan colocaria sua nação em risco, e este teria sido o estopim para a invasão de seu exército. Agora, a Finlândia, que faz fronteira com a Rússia, decidiu solicitar a adesão à Organização do Tratado do Atlântico Norte.

O anúncio foi feito pelo presidente e a primeira-ministra do país e oficializa o que ambos vinham afirmando desde a semana passada, apesar das ameaças russas de retaliação. Essa decisão encerra uma neutralidade militar histórica da Finlândia, que compartilha uma fronteira de 1.300 quilômetros com a Rússia.

Por causa dessa movimentação, Putin disse ao presidente finlandês Sauli Niinisto que acabar com a neutralidade seria um erro que poderia prejudicar as relações entre os dois países. O governo russo descreveu esse movimento como ‘ameaça à segurança’ e disse que pode retaliar.

A Suécia é outro país que também confirmou que vai pedir a adesão à Organização do Tratado do Atlântico Norte, encerrando mais de 200 anos de neutralidade e não alinhamento militar. Porém, o debate dentro do Partido Social-Democrata, que está no poder, é um pouco mais dividido sobre a questão. 

Desde o ano passado, Moscou tem aumentado a presença militar e exercícios de suas tropas no mar Báltico, para onde boa parte do território sueco e a costa oeste da Finlândia e da Rússia têm saída.

No episódio desta terça-feira, 17, vamos falar da entrada de Finlândia e Suécia, e o que isso pode ocasionar em relação à Rússia e aos rumos da guerra na Ucrânia, com Roberto Uebel, Professor de Relações Internacionais da ESPM e Senior Fellow do ISAPE (Instituto Sul-Americano de Política e Estratégia).

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Apresentação: Emanuel Bomfim 

Produção/Edição: Gustavo Lopes, Jefferson Perleberg e  Ana Paula Niederauer 

Montagem: Moacir Biasi

O mesmo motivo que, segundo a R&uacute;ssia, desencadeou o conflito em territ&oacute;rio ucraniano, pode se estender a outros pa&iacute;ses. Segundo Vladimir Putin, a tentativa da Ucr&acirc;nia em integrar a Otan colocaria sua na&ccedil;&atilde;o em risco, e este teria sido o estopim para a invas&atilde;o de seu ex&eacute;rcito. Agora, a Finl&acirc;ndia, que faz fronteira com a R&uacute;ssia, decidiu solicitar a ades&atilde;o &agrave; Organiza&ccedil;&atilde;o do Tratado do Atl&acirc;ntico Norte.
O an&uacute;ncio foi feito pelo presidente e a primeira-ministra do pa&iacute;s e oficializa o que ambos vinham afirmando desde a semana passada, apesar das amea&ccedil;as russas de retalia&ccedil;&atilde;o. Essa decis&atilde;o encerra uma neutralidade militar hist&oacute;rica da Finl&acirc;ndia, que compartilha uma fronteira de 1.300 quil&ocirc;metros com a R&uacute;ssia.
Por causa dessa movimenta&ccedil;&atilde;o, Putin disse ao presidente finland&ecirc;s Sauli Niinisto que acabar com a neutralidade seria um erro que poderia prejudicar as rela&ccedil;&otilde;es entre os dois pa&iacute;ses. O governo russo descreveu esse movimento como &lsquo;amea&ccedil;a &agrave; seguran&ccedil;a&rsquo; e disse que pode retaliar.
A Su&eacute;cia &eacute; outro pa&iacute;s que tamb&eacute;m confirmou que vai pedir a ades&atilde;o &agrave; Organiza&ccedil;&atilde;o do Tratado do Atl&acirc;ntico Norte, encerrando mais de 200 anos de neutralidade e n&atilde;o alinhamento militar. Por&eacute;m, o debate dentro do Partido Social-Democrata, que est&aacute; no poder, &eacute; um pouco mais dividido sobre a quest&atilde;o.&nbsp;
Desde o ano passado, Moscou tem aumentado a presen&ccedil;a militar e exerc&iacute;cios de suas tropas no mar B&aacute;ltico, para onde boa parte do territ&oacute;rio sueco e a costa oeste da Finl&acirc;ndia e da R&uacute;ssia t&ecirc;m sa&iacute;da.
No epis&oacute;dio desta ter&ccedil;a-feira, 17, vamos falar da entrada de Finl&acirc;ndia e Su&eacute;cia, e o que isso pode ocasionar em rela&ccedil;&atilde;o &agrave; R&uacute;ssia e aos rumos da guerra na Ucr&acirc;nia, com Roberto Uebel, Professor de Rela&ccedil;&otilde;es Internacionais da ESPM e Senior Fellow do ISAPE (Instituto Sul-Americano de Pol&iacute;tica e Estrat&eacute;gia).
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Apresenta&ccedil;&atilde;o: Emanuel Bomfim&nbsp;
Produ&ccedil;&atilde;o/Edi&ccedil;&atilde;o: Gustavo Lopes, Jefferson Perleberg e&nbsp; Ana Paula Niederauer&nbsp;
Montagem: Moacir Biasi

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