No último dia oficial da Conferência do Clima da ONU em Baku, o jornalista Eduardo Geraque conversa com Marcos Buckeridge, do Instituto de Estudos Avançados da USP, sobre a proposta para meta de financiamento climático, que é menor do que 1/5 do montante defendido por especialistas e países em desenvolvimento.
Há um ano, na Cúpula do Clima (COP), 197 países concordaram pela primeira vez com uma redução gradual da exploração dos combustíveis fósseis.
O anúncio surpreendeu aos mais desesperançosos à época, com uma conferência ambiental sediada em um dos maiores produtores de petróleo, os Emirados Árabes.
Foi um momento histórico, embora considerado insuficiente por especialistas diante da piora da emergência climática e, principalmente, porque a mudança não tem sido vista na prática.
Um cenário igualmente desafiador é esperado para este ano na COP-29.
Novamente, o evento será sediado em um “petroestado”, desta vez o Azerbaijão, em que ao menos um terço do Produto Interno Bruto (PIB) vem dos combustíveis fósseis.
Mais do que isso, a capital do país do Cáucaso, Baku, é considerada “berço” da indústria petroleira.
A cobertura da COP é patrocinada por Eletrobras
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