O governo Lula pagou R$ 7,1 bilhões em emendas parlamentares em apenas dois dias para tentar destravar o pacote de corte de gastos no Congresso Nacional. Os recursos estavam suspensos e foram liberados após decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). Com o repasse, o governo espera votar ainda nesta semana pelo menos dois projetos que envolvem o pacote fiscal e que reduzem o ganho do salário mínimo, mudam as regras de acesso ao Bolsa Família e ao Benefício de Prestação Continuada (BPC) e acionam gatilhos do arcabouço fiscal para contenção de despesas. No Congresso, contudo, o clima ainda é de desconfiança. O pagamento das emendas abre caminho para votação do pacote nos próximos dias, mas os parlamentares querem mais. Há R$ 8 bilhões em emendas de comissão que ainda não foram pagos neste ano. Em entrevista à Rádio Eldorado, a professora Graziella Testa, da FGV Brasília, disse que o modelo atual não favorece a responsabilização do Legislativo na distribuição de recursos do Orçamento. “O Congresso quer se responsabilizar somente pelo que acontece nas suas próprias bases, tem pouco senso de coletivo”, afirmou. Para ela, tal sistema resulta na busca de um caminho por meio do Judiciário. Apesar disso, a especialista considera como positiva a recente inclusão de líderes partidários na destinação das emendas.

<p>O governo Lula pagou R$ 7,1 bilh&otilde;es em emendas parlamentares em apenas dois dias para tentar destravar o pacote de corte de gastos no Congresso Nacional. Os recursos estavam suspensos e foram liberados ap&oacute;s decis&atilde;o do Supremo Tribunal Federal (STF). Com o repasse, o governo espera votar ainda nesta semana pelo menos dois projetos que envolvem o pacote fiscal e que reduzem o ganho do sal&aacute;rio m&iacute;nimo, mudam as regras de acesso ao Bolsa Fam&iacute;lia e ao Benef&iacute;cio de Presta&ccedil;&atilde;o Continuada (BPC) e acionam gatilhos do arcabou&ccedil;o fiscal para conten&ccedil;&atilde;o de despesas. No Congresso, contudo, o clima ainda &eacute; de desconfian&ccedil;a. O pagamento das emendas abre caminho para vota&ccedil;&atilde;o do pacote nos pr&oacute;ximos dias, mas os parlamentares querem mais. H&aacute; R$ 8 bilh&otilde;es em emendas de comiss&atilde;o que ainda n&atilde;o foram pagos neste ano. Em entrevista &agrave; R&aacute;dio Eldorado, a professora Graziella Testa, da FGV Bras&iacute;lia, disse que o modelo atual n&atilde;o favorece a responsabiliza&ccedil;&atilde;o do Legislativo na distribui&ccedil;&atilde;o de recursos do Or&ccedil;amento. &ldquo;O Congresso quer se responsabilizar somente pelo que acontece nas suas pr&oacute;prias bases, tem pouco senso de coletivo&rdquo;, afirmou. Para ela, tal sistema resulta na busca de um caminho por meio do Judici&aacute;rio. Apesar disso, a especialista considera como positiva a recente inclus&atilde;o de l&iacute;deres partid&aacute;rios na destina&ccedil;&atilde;o das emendas.</p>

Ouça aqui as entrevistas que vão ao ar no 'Jornal Eldorado', na Rádio Eldorado (FM 107,3 - SP), conduzidas pelos apresentadores Carolina Ercolin e Haisem Abaki.

<p>Ou&ccedil;a aqui as entrevistas que v&atilde;o ao ar no 'Jornal Eldorado', na R&aacute;dio Eldorado (FM 107,3 - SP), conduzidas pelos apresentadores Carolina Ercolin e Haisem Abaki.</p>

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