O governo deve pagar até R$ 30 bilhões em emendas parlamentares até amanhã, véspera do início do prazo que restringe esses repasses. É o maior volume da história para o primeiro semestre do ano e para um período pré-eleitoral. O valor inclui recursos distribuídos sem critérios técnicos, as chamadas emendas Pix e heranças do orçamento secreto, esquema criado no governo de Jair Bolsonaro e que foi declarado ilegal após ser revelado em reportagens do Estadão. A lei eleitoral proíbe o pagamento de emendas três meses antes da eleição, período que começa no próximo dia 6, com exceção de repasses para obras executadas anteriormente. Em entrevista à Rádio Eldorado, o gerente de Pesquisa da Transparência Internacional Brasil, Guilherme France, criticou o modelo e disse que os repasses estão sendo feitos “a toque de caixa” e “sem transparência”.