Encher o bucho, ter viuvinha e dor nas cadeiras já não são expressões facilmente entendidas pela população mais jovem do interior de São Paulo como eram no passado. Embora o ‘erre’ arrastado ainda esteja presente na pronúncia, os moradores jovens de cidades como Piracicaba, Capivari e Sorocaba não entendem termos usados pelos mais velhos, como picar a mula (fugir) e mover os quartos (quadril). Uma pesquisa da Universidade de São Paulo (USP) mostrou que o dialeto caipira está caindo em desuso entre a população mais jovem, principalmente por causa da influência da internet.
Carolina Ercolin e Haisem Abaki conversaram com a pesquisadora Lívia Carolina Baenas Barizon, que apontou que o Português verbalizado nas cidades próximas ao Rio Tietê se aproxima da língua galega, falada na região ocidental da Península Ibérica.