O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, afirmou que a orientação para reter os dividendos extraordinários da companhia veio do governo Lula. Ele disse ainda não considerar o episódio como "intervenção na Petrobras", mas o "exercício soberano" dos representantes do controle da empresa —no caso, o Estado brasileiro. Desde quinta-feira, quando a companhia anunciou que não faria o pagamento de dividendos extraordinários aos acionistas, as ações caíram com o receio de que o governo petista vinha intervindo na empresa. "O Governo fala que não há ingerência, mas uma orientação desta, do presidente da República, pode ser chamada do quê? Não tem outra definição. Lula conclui e determina a decisão de uma empresa que tem um conselho, acionistas e que deve seguir as leis de mercado. Essa manifestação de Prates é uma confissão de culpa", afirma Cantanhêde.