Em carta ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) publicada ontem na rede Truth Social, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, comunicou a imposição de uma tarifa de 50% sobre os produtos brasileiros exportados para o mercado americano a partir do dia 1º de agosto. Trump citou como justificativa para a medida “centenas de ordens de censura secretas e injustas para plataformas de mídia social dos Estados Unidos” e o que chamou de “caça às bruxas” contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que é réu por tentativa de golpe de Estado no Supremo Tribunal Federal (STF). Após a divulgação da carta, Lula se reuniu com ministros e decidiu que a resposta ao governo americano virá por meio da Lei de Reciprocidade Econômica, que entrou em vigor em abril, já sob a ameaça do tarifaço. Lula ainda conversou com o presidente do STF, Luís Roberto Barroso, e combinou que a reação brasileira será concentrada no Ministério das Relações Exteriores. Os ministros da Corte não vão se manifestar publicamente sobre o assunto.

Em entrevista à Rádio Eldorado, na coluna de Eliane Cantanhêde, Roberto Uebel, professor de Relações Internacionais da ESPM São Paulo, disse considerar difícil algum tipo de acordo entre os dois governos até 1º de agosto. “Calibrar a resposta vai ser um desafio”, afirmou. Apesar disso, o especialista avalia que o “tom personalista” da carta de Trump “pode reforçar o papel de Lula como líder regional”.

<p>Em carta ao presidente Luiz In&aacute;cio Lula da Silva (PT) publicada ontem na rede Truth Social, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, comunicou a imposi&ccedil;&atilde;o de uma tarifa de 50% sobre os produtos brasileiros exportados para o mercado americano a partir do dia 1&ordm; de agosto. Trump citou como justificativa para a medida &ldquo;centenas de ordens de censura secretas e injustas para plataformas de m&iacute;dia social dos Estados Unidos&rdquo; e o que chamou de &ldquo;ca&ccedil;a &agrave;s bruxas&rdquo; contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que &eacute; r&eacute;u por tentativa de golpe de Estado no Supremo Tribunal Federal (STF). Ap&oacute;s a divulga&ccedil;&atilde;o da carta, Lula se reuniu com ministros e decidiu que a resposta ao governo americano vir&aacute; por meio da Lei de Reciprocidade Econ&ocirc;mica, que entrou em vigor em abril, j&aacute; sob a amea&ccedil;a do tarifa&ccedil;o. Lula ainda conversou com o presidente do STF, Lu&iacute;s Roberto Barroso, e combinou que a rea&ccedil;&atilde;o brasileira ser&aacute; concentrada no Minist&eacute;rio das Rela&ccedil;&otilde;es Exteriores. Os ministros da Corte n&atilde;o v&atilde;o se manifestar publicamente sobre o assunto.</p>
<p>Em entrevista &agrave; R&aacute;dio Eldorado, na coluna de Eliane Cantanh&ecirc;de, Roberto Uebel, professor de Rela&ccedil;&otilde;es Internacionais da ESPM S&atilde;o Paulo, disse considerar dif&iacute;cil algum tipo de acordo entre os dois governos at&eacute; 1&ordm; de agosto. &ldquo;Calibrar a resposta vai ser um desafio&rdquo;, afirmou. Apesar disso, o especialista avalia que o &ldquo;tom personalista&rdquo; da carta de Trump &ldquo;pode refor&ccedil;ar o papel de Lula como l&iacute;der regional&rdquo;.</p>

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