Antonio Vinicius Lopes Gritzbach, executado a tiros no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, na sexta-feira, 8, entregou esquemas criminosos do Primeiro Comando da Capital (PCC) e de corrupção policial em depoimentos dados ao Ministério Público de São Paulo nos últimos meses. Gritzbach era réu em um processo por lavagem de dinheiro da facção criminosa. Ele teria atuado para lavar R$ 30 milhões provenientes do tráfico de drogas. "Essa história mostra o quanto o crime organizado está empoderado, audacioso e infiltrado nas instituições brasileiras. Este cidadão era um executivo do PCC e, quando foi pego, resolveu fazer a delação de todos os vínculos da facção com a polícia - aí colocam a polícia pra cuidar de sua segurança. Nada faz sentido. Enquanto isso, o Pacote que dá mais flexibilidade para entrada Federal nas investigações, está parado porque os governadores 'fecham a cara'. O crime, hoje, é federal; precisa que a União tenha poderes para entrar nesta guerra, se não é perdida", diz Cantanhêde.