No dia 11 de abril de 2019, Julian Assange foi retirado à força da embaixada do Equador, em Londres, onde estava exilado desde 2012 e foi detido pela Justiça britânica. Esta semana passaram-se três anos. Em três anos, o jornalista e co-fundador da Wikileaks foi apenas condenado por ter violado a liberdade condicional e não se ter apresentado a tribunal num processo que o julgava por abuso sexual na Suécia — cuja acusação caiu no final de 2019, por não ter prova suficientemente forte. 

Mas Assange continua detido porque enfrenta ainda um outro processo. Um processo que, a condená-lo, pode submetê-lo a uma pena de até 175 anos de prisão. Isto porque a Justiça dos Estados Unidos da América quer levar o jornalista australiano a tribunal por espionagem e uma lista longa e complexa de crimes, na sequência da publicação pela Wikileaks de centenas de milhares de documentos confidenciais que mostravam abusos militares cometidos pelo exército estadunidense. 

O pedido de extradição que pode levá-lo para os Estados Unidos ainda não teve resultado final mas, entretanto, um relator da Organização das Nações Unidas denuncia que Assange tem “sintomas típicos de exposição prolongada a tortura psicológica.” Segundo a sua companheira, sofreu ainda um AVC, no final do ano passado.

Três anos passados e a prisão de Assange continua a ser um atentado à liberdade de imprensa. É por isso que hoje republicamos a entrevista que fizemos a um dos seus advogados, Juan Branco, em julho de 2019.

No dia 11 de abril de 2019, Julian Assange foi retirado &agrave; for&ccedil;a da embaixada do Equador, em Londres, onde estava exilado desde 2012 e foi detido pela Justi&ccedil;a brit&acirc;nica. Esta semana passaram-se tr&ecirc;s anos. Em tr&ecirc;s anos, o jornalista e co-fundador da Wikileaks foi apenas condenado por ter violado a liberdade condicional e n&atilde;o se ter apresentado a tribunal num processo que o julgava por abuso sexual na Su&eacute;cia &mdash; cuja acusa&ccedil;&atilde;o caiu no final de 2019, por n&atilde;o ter prova suficientemente forte.&nbsp;
Mas Assange continua detido porque enfrenta ainda um outro processo. Um processo que, a conden&aacute;-lo, pode submet&ecirc;-lo a uma pena de at&eacute; 175 anos de pris&atilde;o. Isto porque a Justi&ccedil;a dos Estados Unidos da Am&eacute;rica quer levar o jornalista australiano a tribunal por espionagem e uma lista longa e complexa de crimes, na sequ&ecirc;ncia da publica&ccedil;&atilde;o pela Wikileaks de centenas de milhares de documentos confidenciais que mostravam abusos militares cometidos pelo ex&eacute;rcito estadunidense.&nbsp;
O pedido de extradi&ccedil;&atilde;o que pode lev&aacute;-lo para os Estados Unidos ainda n&atilde;o teve resultado final mas, entretanto, um relator da Organiza&ccedil;&atilde;o das Na&ccedil;&otilde;es Unidas denuncia que Assange tem &ldquo;sintomas t&iacute;picos de exposi&ccedil;&atilde;o prolongada a tortura psicol&oacute;gica.&rdquo; Segundo a sua companheira, sofreu ainda um AVC, no final do ano passado.
Tr&ecirc;s anos passados e a pris&atilde;o de Assange continua a ser um atentado &agrave; liberdade de imprensa. &Eacute; por isso que hoje republicamos a entrevista que fizemos a um dos seus advogados, Juan Branco, em julho de 2019.

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