Em frente à embaixada de Espanha, em Lisboa, voltaram a ouvir-se palavras de ordem contra a energia nuclear e pelo fecho da Central Nuclear de Almaraz, que se localiza a cerca de 100 quilómetros da fronteira portuguesa, na província de Cáceres. 

A “Vigília Fechar Almaraz” foi o culminar de uma conferência internacional antinuclear que juntou mais 250 cientistas, técnicos, ativistas e cidadãos, na Fábrica do Braço de Prata, na zona ribeirinha oriental da capital. Ironicamente, aconteceu um dia depois de se saber que em Fukushima, Japão, na central nuclear destruída por um terramoto e tsunami, em março de 2011, os níveis de radiação nunca estiveram tão altos. 

Por Portugal, há muito tempo que não se ouvia falar tanto do tema. O país não tem instalações para enriquecimento de urânio ou produção para fins comerciais desta energia. Mas Espanha tem. Sete centrais nucleares em funcionamento. E, de Espanha, vêm os ventos e as águas do Tejo que, em caso de acidente em Almaraz, espalhariam rapidamente a radiação pelo território nacional. 

Porquê o receio? A Central de Almaraz devia devia ter encerrado em 2010, mas o tempo de vida foi prolongado até 2020. Na sua história, conta com mais de uma centena de paragens, incidentes, problemas e acidentes, peças defeituosas. Em dezembro passado, o governo espanhol aprovou a construção de um novo armazém para os resíduos nucleares nos terrenos da central, o que levou ambientalistas ibéricos à conclusão de que se queria estender, até 2030, o funcionamento dos reatores. 

Começou uma contenda política e diplomática entre Portugal e Espanha e as vozes de ambientalistas e cidadãos dos dois lados da fronteira têm-se ouvido cada vez mais. 

Na vigília organizada pelo Movimento Ibérico Antinuclear (MIA), não faltaram cartazes, música e muita chuva. Tanto que não conseguimos saber o nome das aguerridas espanholas com quem começamos o Na Rua. Ouvimos António Eloy, dirigente do MIA e um histórico ativista contra o nuclear em Portugal, que acho que o Ministro do Ambiente é incompetente para lidar com a situação; Luís Rodenas, enrolado numa gigante bandeira republicana espanhola explicou como a monarquia e o nuclear estão ligados; e Diogo Lisboa, dirigente da Quercus, defende que o governo Português tem de se fazer ouvir.

Em frente &agrave; embaixada de Espanha, em Lisboa, voltaram a ouvir-se palavras de ordem contra a energia nuclear e pelo fecho da Central Nuclear de Almaraz, que se localiza a cerca de 100 quil&oacute;metros da fronteira portuguesa, na prov&iacute;ncia de C&aacute;ceres. A &ldquo;Vig&iacute;lia Fechar Almaraz&rdquo; foi o culminar de uma confer&ecirc;ncia internacional antinuclear que juntou mais 250 cientistas, t&eacute;cnicos, ativistas e cidad&atilde;os, na F&aacute;brica do Bra&ccedil;o de Prata, na zona ribeirinha oriental da capital. Ironicamente, aconteceu um dia depois de se saber que em Fukushima, Jap&atilde;o, na central nuclear destru&iacute;da por um terramoto e tsunami, em mar&ccedil;o de 2011, os n&iacute;veis de radia&ccedil;&atilde;o nunca estiveram t&atilde;o altos. Por Portugal, h&aacute; muito tempo que n&atilde;o se ouvia falar tanto do tema. O pa&iacute;s n&atilde;o tem instala&ccedil;&otilde;es para enriquecimento de ur&acirc;nio ou produ&ccedil;&atilde;o para fins comerciais desta energia. Mas Espanha tem. Sete centrais nucleares em funcionamento. E, de Espanha, v&ecirc;m os ventos e as &aacute;guas do Tejo que, em caso de acidente em Almaraz, espalhariam rapidamente a radia&ccedil;&atilde;o pelo territ&oacute;rio nacional. Porqu&ecirc; o receio? A Central de Almaraz devia devia ter encerrado em 2010, mas o tempo de vida foi prolongado at&eacute; 2020. Na sua hist&oacute;ria, conta com mais de uma centena de paragens, incidentes, problemas e acidentes, pe&ccedil;as defeituosas. Em dezembro passado, o governo espanhol aprovou a constru&ccedil;&atilde;o de um novo armaz&eacute;m para os res&iacute;duos nucleares nos terrenos da central, o que levou ambientalistas ib&eacute;ricos &agrave; conclus&atilde;o de que se queria estender, at&eacute; 2030, o funcionamento dos reatores. Come&ccedil;ou uma contenda pol&iacute;tica e diplom&aacute;tica entre Portugal e Espanha e as vozes de ambientalistas e cidad&atilde;os dos dois lados da fronteira t&ecirc;m-se ouvido cada vez mais. Na vig&iacute;lia organizada pelo Movimento Ib&eacute;rico Antinuclear (MIA), n&atilde;o faltaram cartazes, m&uacute;sica e muita chuva. Tanto que n&atilde;o conseguimos saber o nome das aguerridas espanholas com quem come&ccedil;amos o Na Rua. Ouvimos Ant&oacute;nio Eloy, dirigente do MIA e um hist&oacute;rico ativista contra o nuclear em Portugal, que acho que o Ministro do Ambiente &eacute; incompetente para lidar com a situa&ccedil;&atilde;o; Lu&iacute;s Rodenas, enrolado numa gigante bandeira republicana espanhola explicou como a monarquia e o nuclear est&atilde;o ligados; e Diogo Lisboa, dirigente da Quercus, defende que o governo Portugu&ecirc;s tem de se fazer ouvir.

Jornalismo independente, progressista e dissidente.

Fumaça

Fumaça é um podcast de jornalismo de investigação. É um órgão de comunicação social independente, progressista e dissidente.

Fuma&ccedil;a &eacute; um&nbsp;podcast&nbsp;de&nbsp;jornalismo&nbsp;de&nbsp;investiga&ccedil;&atilde;o. &Eacute; um &oacute;rg&atilde;o&nbsp;de&nbsp;comunica&ccedil;&atilde;o social independente, progressista e dissidente.

Em frente à embaixada de Espanha, em Lisboa, volt…

Advertisement