A 1 de Abril de 2017 o jornal russo, Novaya Gazeta, publicou uma reportagem que denunciava a existência de campos de concentração para homossexuais na Tchetchénia, uma das repúblicas da federação Russa. Falavam de cerca de 100 homens detidos, torturados, e forçados a revelarem os nomes de outros homossexuais na região, e 3 mortos. De acordo com Svetlana Zakhorova, membro de uma associação russa de direitos LGBT que falou com o jornal MailOnline, há testemunhos de homossexuais que conseguiram escapar e que contam que as autoridades tchetchenas colocavam entre 30 a 40 homens na mesma sala para serem eletrocutados, espancados, levando mesmo até à morte de alguns deles.

O governo regional da Tchetchénia já veio negar a existência destes campos através do porta voz Alvi Karimov afirmando que "não existem homossexuais na Tchetchénia" e que os homens daquela região "têm estilos de vida saudáveis, fazem desporto, e têm só uma orientação, que é aquela determinada no momento da criação".

Esta opressão a pessoas LGBT na Rússia já é história de longa data. Desde 2013 que vigora uma lei que proíbe a "propaganda" gay na Rússia, sendo que a lei não usa a palavra homossexualidade mas "orientações sexuais não tradicionais". Também um estudo de 2013 chamado "The Global Divide on Homosexuality" do Pew Research Centre, revelava que 74% da população Russa dizia que a homossexualidade não deveria ser aceite pela sociedade.

No entanto, desde a publicação do Novaya Gazeta a jornalista que escreveu a reportagem fugiu para evitar represálias e a notícia espalhou-se um pouco por todo o mundo.

Multiplicaram-se os protestos e foi feita pressão no governo Russo para que acabe com esta perseguição a gays, e Portugal não foi excessão. Ontem, dia 18 de Abril, perto do final da tarde, concentraram-se cerca de 400 pessoas em frente à embaixada da Rússia exigindo o fim desta opressão. Seguravam cartazes, bandeiras com o arco-íris, fotografias de Putin com maquilhagem, e flores para serem simbólicamente colocadas à porta da embaixada.

O É Apenas Fumaça esteve na manifestação e falou com algumas das pessoas que lá estavam.

Conversámos com o André Faria, membro da rede ex aequo - associação de jovens lésbicas, gays, bissexuais, trans, intersexo e apoiantes, com a Beatriz, ativista e apoiante das causas LGBT, com o Matthew Carrozo, americano a viver em Portugal, com o Nuno Pinto, Presidente da Direção da ILGA Portugal, e com a Mafalda, ativista.

Ouve aqui mais um Na Rua.

A 1 de Abril de 2017 o jornal russo, Novaya Gazeta, publicou uma reportagem que denunciava a exist&ecirc;ncia de campos de concentra&ccedil;&atilde;o para homossexuais na Tchetch&eacute;nia, uma das rep&uacute;blicas da federa&ccedil;&atilde;o Russa. Falavam de cerca de 100 homens detidos, torturados, e for&ccedil;ados a revelarem os nomes de outros homossexuais na regi&atilde;o, e 3 mortos. De acordo com Svetlana Zakhorova, membro de uma associa&ccedil;&atilde;o russa de direitos LGBT que falou com o jornal MailOnline, h&aacute; testemunhos de homossexuais que conseguiram escapar e que contam que as autoridades tchetchenas colocavam entre 30 a 40 homens na mesma sala para serem eletrocutados, espancados, levando mesmo at&eacute; &agrave; morte de alguns deles. O governo regional da Tchetch&eacute;nia j&aacute; veio negar a exist&ecirc;ncia destes campos atrav&eacute;s do porta voz Alvi Karimov afirmando que "n&atilde;o existem homossexuais na Tchetch&eacute;nia" e que os homens daquela regi&atilde;o "t&ecirc;m estilos de vida saud&aacute;veis, fazem desporto, e t&ecirc;m s&oacute; uma orienta&ccedil;&atilde;o, que &eacute; aquela determinada no momento da cria&ccedil;&atilde;o". Esta opress&atilde;o a pessoas LGBT na R&uacute;ssia j&aacute; &eacute; hist&oacute;ria de longa data. Desde 2013 que vigora uma lei que pro&iacute;be a "propaganda" gay na R&uacute;ssia, sendo que a lei n&atilde;o usa a palavra homossexualidade mas "orienta&ccedil;&otilde;es sexuais n&atilde;o tradicionais". Tamb&eacute;m um estudo de 2013 chamado "The Global Divide on Homosexuality" do Pew Research Centre, revelava que 74% da popula&ccedil;&atilde;o Russa dizia que a homossexualidade n&atilde;o deveria ser aceite pela sociedade. No entanto, desde a publica&ccedil;&atilde;o do Novaya Gazeta a jornalista que escreveu a reportagem fugiu para evitar repres&aacute;lias e a not&iacute;cia espalhou-se um pouco por todo o mundo. Multiplicaram-se os protestos e foi feita press&atilde;o no governo Russo para que acabe com esta persegui&ccedil;&atilde;o a gays, e Portugal n&atilde;o foi excess&atilde;o. Ontem, dia 18 de Abril, perto do final da tarde, concentraram-se cerca de 400 pessoas em frente &agrave; embaixada da R&uacute;ssia exigindo o fim desta opress&atilde;o. Seguravam cartazes, bandeiras com o arco-&iacute;ris, fotografias de Putin com maquilhagem, e flores para serem simb&oacute;licamente colocadas &agrave; porta da embaixada. O &Eacute; Apenas Fuma&ccedil;a esteve na manifesta&ccedil;&atilde;o e falou com algumas das pessoas que l&aacute; estavam. Convers&aacute;mos com o Andr&eacute; Faria, membro da rede ex aequo - associa&ccedil;&atilde;o de jovens l&eacute;sbicas, gays, bissexuais, trans, intersexo e apoiantes, com a Beatriz, ativista e apoiante das causas LGBT, com o Matthew Carrozo, americano a viver em Portugal, com o Nuno Pinto, Presidente da Dire&ccedil;&atilde;o da ILGA Portugal, e com a Mafalda, ativista. Ouve aqui mais um Na Rua.

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A 1 de Abril de 2017 o jornal russo, Novaya Gazet…

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