A discussão sobre se as finanças devem estar no topo das preocupações políticas é importante, mas o importa ainda mais perceber são as consequências que a sua linguagem traz para a ligação das pessoas à política.

É recorrente hoje em dia ler-se notícias e ouvir-se representantes a utilizar jargão financeiro e económico enquanto se debruçam sobre os problemas portugueses e as soluções para o país. "Troika ainda tem mais de um quarto da dívida pública portuguesa", diz o Jornal de Negócios, "FMI melhora previsão do défice para 1,9% em 2017", diz a SIC Notícias, "Juros da dívida de Portugal a subir a 2, 5 e 10 anos", diz o Diário de Notícias. É preocupante para a democracia que o tipo de linguagem utilizado nas notícias em destaque nos jornais sejam acessíveis apenas a uma pequena parte da população. O restantes, ficarão de fora.

A relevância das finanças no discurso político não será novidade para ninguém, mas o que parece interessante é perceber a evolução dessa relevância. Será que os números do défice e da dívida pública foram sempre tão importantes como hoje são? Porque é que hoje parece interessar mais a dívida pública do que a taxa de desemprego? Quem está por detrás dos limites do défice impostos pela União Europeia?

Foi por isso que quisemos, hoje, trazer a Mariana Mortágua - deputada à Assembleia da República e dirigente do Bloco de Esquerda - ao É Apenas Fumaça. Conversámos sobre o que é o défice, a dívida soberana, dívida pública e os juros da dívida, e muito mais. A quem deve dinheiro o Estado português? O que quer dizer uma renegociação de dívida? Como é criada a dívida? Porque é que hoje se fala tanto sobre finanças?

Podes ouvir aqui este novo episódio.

Até já, 
Ricardo Ribeiro.

A discuss&atilde;o sobre se as finan&ccedil;as devem estar no topo das preocupa&ccedil;&otilde;es pol&iacute;ticas &eacute; importante, mas o importa ainda mais perceber s&atilde;o as consequ&ecirc;ncias que a sua linguagem traz para a liga&ccedil;&atilde;o das pessoas &agrave; pol&iacute;tica. &Eacute; recorrente hoje em dia ler-se not&iacute;cias e ouvir-se representantes a utilizar jarg&atilde;o financeiro e econ&oacute;mico enquanto se debru&ccedil;am sobre os problemas portugueses e as solu&ccedil;&otilde;es para o pa&iacute;s. "Troika ainda tem mais de um quarto da d&iacute;vida p&uacute;blica portuguesa", diz o Jornal de Neg&oacute;cios, "FMI melhora previs&atilde;o do d&eacute;fice para 1,9% em 2017", diz a SIC Not&iacute;cias, "Juros da d&iacute;vida de Portugal a subir a 2, 5 e 10 anos", diz o Di&aacute;rio de Not&iacute;cias. &Eacute; preocupante para a democracia que o tipo de linguagem utilizado nas not&iacute;cias em destaque nos jornais sejam acess&iacute;veis apenas a uma pequena parte da popula&ccedil;&atilde;o. O restantes, ficar&atilde;o de fora. A relev&acirc;ncia das finan&ccedil;as no discurso pol&iacute;tico n&atilde;o ser&aacute; novidade para ningu&eacute;m, mas o que parece interessante &eacute; perceber a evolu&ccedil;&atilde;o dessa relev&acirc;ncia. Ser&aacute; que os n&uacute;meros do d&eacute;fice e da d&iacute;vida p&uacute;blica foram sempre t&atilde;o importantes como hoje s&atilde;o? Porque &eacute; que hoje parece interessar mais a d&iacute;vida p&uacute;blica do que a taxa de desemprego? Quem est&aacute; por detr&aacute;s dos limites do d&eacute;fice impostos pela Uni&atilde;o Europeia? Foi por isso que quisemos, hoje, trazer a Mariana Mort&aacute;gua - deputada &agrave; Assembleia da Rep&uacute;blica e dirigente do Bloco de Esquerda - ao &Eacute; Apenas Fuma&ccedil;a. Convers&aacute;mos sobre o que &eacute; o d&eacute;fice, a d&iacute;vida soberana, d&iacute;vida p&uacute;blica e os juros da d&iacute;vida, e muito mais. A quem deve dinheiro o Estado portugu&ecirc;s? O que quer dizer uma renegocia&ccedil;&atilde;o de d&iacute;vida? Como &eacute; criada a d&iacute;vida? Porque &eacute; que hoje se fala tanto sobre finan&ccedil;as? Podes ouvir aqui este novo epis&oacute;dio. At&eacute; j&aacute;, Ricardo Ribeiro.

Jornalismo independente, progressista e dissidente.

Fumaça

Fumaça é um podcast de jornalismo de investigação. É um órgão de comunicação social independente, progressista e dissidente.

Fuma&ccedil;a &eacute; um&nbsp;podcast&nbsp;de&nbsp;jornalismo&nbsp;de&nbsp;investiga&ccedil;&atilde;o. &Eacute; um &oacute;rg&atilde;o&nbsp;de&nbsp;comunica&ccedil;&atilde;o social independente, progressista e dissidente.

A discussão sobre se as finanças devem estar no t…

Advertisement