Quando, durante o século XIX, a escravatura foi abolida gradualmente em quase todas as ex-colónias dos impérios europeus, os ex-proprietários de escravizados foram amplamente recompensados pelas alegadas perdas financeiras que o movimento poderia trazer-lhes: passar a tratar pessoas como pessoas seria mau para o negócio. Assim, donos de escravizados foram recebendo compensações monetárias ou a possibilidade de utilizarem negros libertos sem remuneração, durante um período de transição. Por outro lado, em quase nenhum caso houve reparação financeira para os ex-escravizados ou para os seus descendentes. Devemos hoje restituir as ex-colónias portuguesas? Foi para discutir este tema que convidámos Inocência Mata, professora na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa; Luzia Moniz, presidenta da PADEMA - Plataforma para o Desenvolvimento da Mulher Africana; e Solange Rocha, professora no Departamento de História da Universidade Federal da Paraíba.

<p>Quando, durante o s&eacute;culo XIX, a escravatura foi abolida gradualmente em quase todas as ex-col&oacute;nias dos imp&eacute;rios europeus, os ex-propriet&aacute;rios de escravizados foram amplamente recompensados pelas alegadas perdas financeiras que o movimento poderia trazer-lhes: passar a tratar pessoas como pessoas seria mau para o neg&oacute;cio. Assim, donos de escravizados foram recebendo compensa&ccedil;&otilde;es monet&aacute;rias ou a possibilidade de utilizarem negros libertos sem remunera&ccedil;&atilde;o, durante um per&iacute;odo de transi&ccedil;&atilde;o. Por outro lado, em quase nenhum caso houve repara&ccedil;&atilde;o financeira para os ex-escravizados ou para os seus descendentes. Devemos hoje restituir as ex-col&oacute;nias portuguesas? Foi para discutir este tema que convid&aacute;mos Inoc&ecirc;ncia Mata, professora na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa; Luzia Moniz, presidenta da PADEMA - Plataforma para o Desenvolvimento da Mulher Africana; e Solange Rocha, professora no Departamento de Hist&oacute;ria da Universidade Federal da Para&iacute;ba.</p>

Jornalismo independente, progressista e dissidente.

Fumaça

Fumaça é um podcast de jornalismo de investigação. É um órgão de comunicação social independente, progressista e dissidente.

<p>Fuma&ccedil;a &eacute; um&nbsp;podcast&nbsp;de&nbsp;jornalismo&nbsp;de&nbsp;investiga&ccedil;&atilde;o. &Eacute; um &oacute;rg&atilde;o&nbsp;de&nbsp;comunica&ccedil;&atilde;o social independente, progressista e dissidente.</p>

Inocência Mata, Luzia Moniz e Solange Rocha discutem uma eventual reparação histórica portuguesa pelo colonialismo e escravatura.

Advertisement