Antes de se começar a queimar combustíveis fósseis a um ritmo industrial no século XIX, a temperatura média à superfície da Terra era mais fria do que hoje em cerca de um grau Celsius. Eventos extremos como secas, chuvas prolongadas, e ondas de calor eram menos intensos e menos frequentes. Não pairava sobre zonas de costa e pequenas ilhas o risco de ficarem submersas devido ao aumento do nível médio do mar, provocado pelo degelo das calotes do Ártico. Sabemos que se ou quando a temperatura média à superfície da Terra ultrapassar um grau e meio face ao período pré-industrial, quase tudo será mais extremo. Mas é impossível evitá-lo, acredita Guilherme Serôdio, fundador da Extinction Rebellion em Bruxelas, sem mudar o paradigma de crescimento económico, de consumo “urbano-faraónico, de acesso a tudo, o tempo todo”. Falamos sobre a emergência e a luta climática, decrescimento e democracia profunda.

[Nesta entrevista, a propósito do movimento Primavera Europeia, há uma referência ao partido político Livre. A bem da transparência, relembramos que o Tomás Pereira, fundador e membro do Fumaça, é militante do Livre e, dado seu envolvimento nas eleições europeias e legislativas deste ano, está afastado das decisões editoriais do Fumaça.]

Antes de se come&ccedil;ar a queimar combust&iacute;veis f&oacute;sseis a um ritmo industrial no s&eacute;culo XIX, a temperatura m&eacute;dia &agrave; superf&iacute;cie da Terra era mais fria do que hoje em cerca de um grau Celsius. Eventos extremos como secas, chuvas prolongadas, e ondas de calor eram menos intensos e menos frequentes. N&atilde;o pairava sobre zonas de costa e pequenas ilhas o risco de ficarem submersas devido ao aumento do n&iacute;vel m&eacute;dio do mar, provocado pelo degelo das calotes do &Aacute;rtico. Sabemos que se ou quando a temperatura m&eacute;dia &agrave; superf&iacute;cie da Terra ultrapassar um grau e meio face ao per&iacute;odo pr&eacute;-industrial, quase tudo ser&aacute; mais extremo. Mas &eacute; imposs&iacute;vel evit&aacute;-lo, acredita Guilherme Ser&ocirc;dio, fundador da Extinction Rebellion em Bruxelas, sem mudar o paradigma de crescimento econ&oacute;mico, de consumo &ldquo;urbano-fara&oacute;nico, de acesso a tudo, o tempo todo&rdquo;. Falamos sobre a emerg&ecirc;ncia e a luta clim&aacute;tica, decrescimento e democracia profunda.
[Nesta entrevista, a prop&oacute;sito do movimento Primavera Europeia, h&aacute; uma refer&ecirc;ncia ao partido pol&iacute;tico Livre. A bem da transpar&ecirc;ncia, relembramos que o Tom&aacute;s Pereira, fundador e membro do Fuma&ccedil;a, &eacute; militante do Livre e, dado seu envolvimento nas elei&ccedil;&otilde;es europeias e legislativas deste ano, <a href="https://fumaca.pt/mudancas-na-redacao/">est&aacute; afastado das decis&otilde;es editoriais do Fuma&ccedil;a</a>.]

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Antes de se começar a queimar combustíveis fósseis a um ritmo industrial no século XIX, a temperatura média à superfície da Terra era mais fria do que hoje em cerca de um grau Celsius. Eventos extremos como secas, chuvas prolongadas, e ondas de calor eram menos intensos e menos frequentes. Não pairava sobre zonas de costa e pequenas ilhas o risco de ficarem submersas devido ao aumento do nível médio do mar, provocado pelo degelo das calotes do Ártico. Sabemos que se ou quando a temperatura média à superfície da Terra ultrapassar um grau e meio face ao período pré-industrial, quase tudo será mais extremo. Mas é impossível evitá-lo, acredita Guilherme Serôdio, fundador da Extinction Rebellion em Bruxelas, sem mudar o paradigma de crescimento económico, de consumo “urbano-faraónico, de acesso a tudo, o tempo todo”. Falamos sobre a emergência e a luta climática, decrescimento e democracia profunda.

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