A Fumaça entra no novo ano com um assunto que, desde cedo, carece de escrutínio: o Plano Nacional de Barragens. Apresentado como indispensável para o cumprimento de metas ambientais e com o objectivo de aproveitar o potencial hídrico português, acarreta, também, custos para a carteira dos contribuintes e para o ambiente, numa realidade que parece distanciar-se da retórica política e numa afronta direta à ideia de energia verde.

Fomos conversar com a Ana Brazão e o Pedro Santos, do projecto Rios Livres, que têm desempenhado um papel muito activo na divulgação do impacto social e ambiental do plano junto das populações locais e na sensibilização da opinião pública, mas também do poder local e central, para a emergência de uma discussão séria e inclusiva sobre as reais necessidades de investimento em megaprojetos de produção de energia hidroelétrica.

A discussão deste programa foi sorrateira e não incluiu todos os interessados. Em 2007, o Plano Nacional de Barragens foi aprovado e o que era de todos passou a privado.

A destruição de formas de subsistência de várias populações e do nosso património natural, assim como o avultado investimento que pode revelar-se não tão proveitoso quanto nos é feito crer, foram temas centrais do primeiro episódio de 2017.
Terá este plano sido elaborado com o melhor interesse do país em mente? Quem ficou a ganhar? E, já agora, o que podemos esperar deste governo?

A Fuma&ccedil;a entra no novo ano com um assunto que, desde cedo, carece de escrut&iacute;nio: o Plano Nacional de Barragens. Apresentado como indispens&aacute;vel para o cumprimento de metas ambientais e com o objectivo de aproveitar o potencial h&iacute;drico portugu&ecirc;s, acarreta, tamb&eacute;m, custos para a carteira dos contribuintes e para o ambiente, numa realidade que parece distanciar-se da ret&oacute;rica pol&iacute;tica e numa afronta direta &agrave; ideia de energia verde. Fomos conversar com a Ana Braz&atilde;o e o Pedro Santos, do projecto Rios Livres, que t&ecirc;m desempenhado um papel muito activo na divulga&ccedil;&atilde;o do impacto social e ambiental do plano junto das popula&ccedil;&otilde;es locais e na sensibiliza&ccedil;&atilde;o da opini&atilde;o p&uacute;blica, mas tamb&eacute;m do poder local e central, para a emerg&ecirc;ncia de uma discuss&atilde;o s&eacute;ria e inclusiva sobre as reais necessidades de investimento em megaprojetos de produ&ccedil;&atilde;o de energia hidroel&eacute;trica. A discuss&atilde;o deste programa foi sorrateira e n&atilde;o incluiu todos os interessados. Em 2007, o Plano Nacional de Barragens foi aprovado e o que era de todos passou a privado. A destrui&ccedil;&atilde;o de formas de subsist&ecirc;ncia de v&aacute;rias popula&ccedil;&otilde;es e do nosso patrim&oacute;nio natural, assim como o avultado investimento que pode revelar-se n&atilde;o t&atilde;o proveitoso quanto nos &eacute; feito crer, foram temas centrais do primeiro epis&oacute;dio de 2017. Ter&aacute; este plano sido elaborado com o melhor interesse do pa&iacute;s em mente? Quem ficou a ganhar? E, j&aacute; agora, o que podemos esperar deste governo?

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A Fumaça entra no novo ano com um assunto que, de…

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