Nasceu a 11 de fevereiro de 1938, em Lisboa, e é mulher de combate, que enfrenta perdas e ganhos como acontecimentos da vida. Estreou-se como cantora no primeiro Festival da Canção Portuguesa - que se realizou no Cinema Império em 1958 - e, na década seguinte, foi a vencedora deste festival, representando Portugal na Eurovisão em 1965 com a canção "Sol de Inverno", e, em 1969, em Madrid com "Desfolhada", um dos momentos altos da sua carreira. A canção não ficou bem classificada na Eurovisão, mas o público português gostou de ouvir Simone que, no regresso, encontrou mais de 20 mil pessoas à sua espera na estação de Santa Apolónia. Teve amores e desamores, mas é nos pais, nos filhos - Maria Eduarda e António Pedro - nos quatro netos [rapazes] e no Varela [Varela Silva], companheiro e marido de muitos anos, que concentra os seus afetos. Desafiou convenções, perdeu a voz, trabalhou no balcão de uma empresa para sobreviver, foi locutora e atriz, tirou um peito e metade do outro com alguns anos de diferença, aprendeu a cantar sem os agudos que a lançaram, mas nunca desistiu de viver. Simone gosta das rugas que tem, porque gosta da vida que viveu.