No episódio, o economista Antônio da Luz destaca que a semana de 8 a 14 de dezembro de 2025 foi marcada por intensa agenda política e econômica. Ele participou de reuniões no Senado e palestras sobre arroz, soja e cenário macroeconômico, reforçando o papel central do agronegócio.
Nos indicadores, o IPCA deve encerrar o ano próximo ao teto da meta (4,5%), abrindo espaço para corte da Selic em janeiro. A “super quarta” traz decisões de juros no Brasil e nos EUA, com expectativa de manutenção aqui e queda lá. Também saem dados de vendas no varejo, confiança do consumidor e setor de serviços, confirmando desaceleração da economia.
O PIB do 3º trimestre de 2025 cresceu apenas 0,1% frente ao trimestre anterior e 1,8% na comparação anual. O acumulado em quatro trimestres ficou em 2,7%, mostrando perda de ritmo. O agro puxou o resultado, com alta de 10,1%, enquanto indústria avançou 1,7% e serviços 1,3%. Sem o agro, o PIB teria sido negativo.
A taxa de investimento caiu para 17,3% e a poupança para 14,5%, níveis considerados muito baixos. Isso limita o crescimento sustentado e mantém o país preso a ciclos curtos de expansão via gasto público.
Foi sancionada a isenção de IR para quem ganha até R$ 5 mil, mas Antônio ressalta que se trata apenas de atualização da tabela. O dado mais preocupante é que 76% da população tem renda média de R$ 3.036 (cerca de US$ 557), evidenciando pobreza estrutural.
Na comparação internacional, o salário médio nos EUA é de US$ 6.600, na OCDE US$ 3.700, no Chile US$ 3.200 e na China US$ 1.440, contra apenas US$ 557 no Brasil. A diferença está na taxa de investimento: 35–40% do PIB na China contra 17% no Brasil.
Antônio conclui que o modelo de crescimento brasileiro está equivocado, com baixa poupança, insegurança jurídica e educação frágil, fatores que afastam investimentos e condenam o país a um crescimento medíocre.

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FICHA TÉCNICA:
Apresentação:Antônio da Luz
Produção: Agro Resenha
Edição: Senhor A

No epis&oacute;dio, o economista Ant&ocirc;nio da Luz destaca que a semana de 8 a 14 de dezembro de 2025 foi marcada por intensa agenda pol&iacute;tica e econ&ocirc;mica. Ele participou de reuni&otilde;es no Senado e palestras sobre arroz, soja e cen&aacute;rio macroecon&ocirc;mico, refor&ccedil;ando o papel central do agroneg&oacute;cio. Nos indicadores, o IPCA deve encerrar o ano pr&oacute;ximo ao teto da meta (4,5%), abrindo espa&ccedil;o para corte da Selic em janeiro. A &ldquo;super quarta&rdquo; traz decis&otilde;es de juros no Brasil e nos EUA, com expectativa de manuten&ccedil;&atilde;o aqui e queda l&aacute;. Tamb&eacute;m saem dados de vendas no varejo, confian&ccedil;a do consumidor e setor de servi&ccedil;os, confirmando desacelera&ccedil;&atilde;o da economia. O PIB do 3&ordm; trimestre de 2025 cresceu apenas 0,1% frente ao trimestre anterior e 1,8% na compara&ccedil;&atilde;o anual. O acumulado em quatro trimestres ficou em 2,7%, mostrando perda de ritmo. O agro puxou o resultado, com alta de 10,1%, enquanto ind&uacute;stria avan&ccedil;ou 1,7% e servi&ccedil;os 1,3%. Sem o agro, o PIB teria sido negativo. A taxa de investimento caiu para 17,3% e a poupan&ccedil;a para 14,5%, n&iacute;veis considerados muito baixos. Isso limita o crescimento sustentado e mant&eacute;m o pa&iacute;s preso a ciclos curtos de expans&atilde;o via gasto p&uacute;blico. Foi sancionada a isen&ccedil;&atilde;o de IR para quem ganha at&eacute; R$ 5 mil, mas Ant&ocirc;nio ressalta que se trata apenas de atualiza&ccedil;&atilde;o da tabela. O dado mais preocupante &eacute; que 76% da popula&ccedil;&atilde;o tem renda m&eacute;dia de R$ 3.036 (cerca de US$ 557), evidenciando pobreza estrutural. Na compara&ccedil;&atilde;o internacional, o sal&aacute;rio m&eacute;dio nos EUA &eacute; de US$ 6.600, na OCDE US$ 3.700, no Chile US$ 3.200 e na China US$ 1.440, contra apenas US$ 557 no Brasil. A diferen&ccedil;a est&aacute; na taxa de investimento: 35&ndash;40% do PIB na China contra 17% no Brasil. Ant&ocirc;nio conclui que o modelo de crescimento brasileiro est&aacute; equivocado, com baixa poupan&ccedil;a, inseguran&ccedil;a jur&iacute;dica e educa&ccedil;&atilde;o fr&aacute;gil, fatores que afastam investimentos e condenam o pa&iacute;s a um crescimento med&iacute;ocre.
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FICHA T&Eacute;CNICA: Apresenta&ccedil;&atilde;o: <a href="http://www.linkedin.com/in/antoniodaluz">Ant&ocirc;nio da Luz</a> Produ&ccedil;&atilde;o:&nbsp;<a href="https://agroresenha.com.br">Agro Resenha</a> Edi&ccedil;&atilde;o: <a href="https://www.instagram.com/senhor_a_/">Senhor A</a>

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Dedo no Pulso é o podcast obrigatório para quem quer entender o que está acontecendo com a economia brasileira, o setor agroindustrial e as principais economias do mundo. Toda semana, nosso economista-chefe Antonio da Luz interpreta os dados mais relevantes com profundidade, didática e realismo.

Apresentamos um resumo da reunião de guidance com a diretoria e os heads da Ecoagro, realizada sempre às segundas-feiras. Um conteúdo direto da fonte, com tudo o que você precisa saber sobre macroeconomia, mercado agropecuário e cenário político-econômico.

Porque para antecipar tendências, é preciso ter o dedo no pulso do mercado.

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Esse é o podcast Eco Talks, o podcast produzido pelo Grupo Ecoagro, que é especializado no desenvolvimento e estruturação de operações financeiras tendo como principal desafio ser o elo entre a cadeia produtiva do agronegócio e o Mercado de Capitais.

Dedo no Pulso - Panorama Macroeconômico e o Agronegócio

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No episódio, o economista Antônio da Luz destaca que a semana de 8 a 14 de dezembro de 2025 foi marcada por intensa agenda política e econômica. Ele participou de reuniões no Senado e palestras sobre arroz, soja e cenário macroeconômico, reforçando o papel central do agronegócio. Nos indicadores, o IPCA deve encerrar o ano próximo ao teto da meta (4,5%), abrindo espaço para corte da Selic em janeiro. A “super quarta” traz decisões de juros no Brasil e nos EUA, com expectativa de manutenção aqui e queda lá. Também saem dados de vendas no varejo, confiança do consumidor e setor de serviços, confirmando desaceleração da economia. O PIB do 3º trimestre de 2025 cresceu apenas 0,1% frente ao trimestre anterior e 1,8% na comparação anual. O acumulado em quatro trimestres ficou em 2,7%, mostrando perda de ritmo. O agro puxou o resultado, com alta de 10,1%, enquanto indústria avançou 1,7% e serviços 1,3%. Sem o agro, o PIB teria sido negativo. A taxa de investimento caiu para 17,3% e a poupança para 14,5%, níveis considerados muito baixos. Isso limita o crescimento sustentado e mantém o país preso a ciclos curtos de expansão via gasto público. Foi sancionada a isenção de IR para quem ganha até R$ 5 mil, mas Antônio ressalta que se trata apenas de atualização da tabela. O dado mais preocupante é que 76% da população tem renda média de R$ 3.036 (cerca de US$ 557), evidenciando pobreza estrutural. Na comparação internacional, o salário médio nos EUA é de US$ 6.600, na OCDE US$ 3.700, no Chile US$ 3.200 e na China US$ 1.440, contra apenas US$ 557 no Brasil. A diferença está na taxa de investimento: 35–40% do PIB na China contra 17% no Brasil. Antônio conclui que o modelo de crescimento brasileiro está equivocado, com baixa poupança, insegurança jurídica e educação frágil, fatores que afastam investimentos e condenam o país a um crescimento medíocre.

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