Após 10 anos de sucesso no YouTube - muitos gritos raivosos, piadas e cores de cabelos - Felipe Neto foi tragado para o centro do debate político no Brasil. Com mais de 30 milhões de seguidores, o influenciador/empresário tem usado suas redes como ferramenta de disputa, jogando duro com as webcelebridades que não se posicionam contra o atual governo e o bolsonarismo. Entrevistado pelo Roda Viva, Felipe Neto classificou o governo Bolsonaro como fascista. Fez análises políticas e de mídia. Fez mea-culpa pelo apoio ao Golpe de 2016. Sobrou até pro paywall dos jornais online.

Na internet, claro, a turma se dividiu: entre os bolsonaristas, ele virou alvo de ataques. E entre os progressistas e pessoas de esquerda, uma parte abriu os braços para receber o influencer “no outro lado”. Porém, há uma parcela que resiste em esquecer seus posicionamentos do passado. E vale lembrar que nem só de Felipe Neto vive essa divisão. O bote dos ditos "arrependidos" aumenta a cada dia.

No Braincast 358, Carlos Merigo, Ana Freitas, Cris Dias, Marko Mello e Túlio Custódio debatem sobre como os progressistas devem lidar com quem pula o muro. Num momento político como o que vivemos, o “descancelamento” deve ser concedido a quem acena com a pauta progressista? Será que não estamos abraçando muito rápido quem talvez nem queira ser abraçado - tratando como militante quem só tem uma opinião minimamente civilizada? Num governo como o que temos, com a milícia digital que ele tem, vale qualquer tipo de apoio sem avaliação? Será que estamos sendo justos com os influenciadores do bem?

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Coordenação Geral: Carlos Merigo, Ju Wallauer e Cris Bartis
Produção: Bia Fiorotto
Pauta e Pesquisa: Carlos Merigo e Hiago Vinícius
Edição e Sonorização: Alexandre Pottaschef e Mariana Leão
Identidade Visual: Johnny Britto
Coordenação Digital: Agê Barros, Pedro Strazza, Lucas DeBritto e Hiago Vinicus
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Após 10 anos de sucesso no YouTube - muitos gritos raivosos, piadas e cores de cabelos - Felipe Neto foi tragado para o centro do debate político no Brasil. Com mais de 30 milhões de seguidores, o influenciador/empresário tem usado suas redes como ferramenta de disputa, jogando duro com as webcelebridades que não se posicionam contra o atual governo e o bolsonarismo. Entrevistado pelo Roda Viva, Felipe Neto classificou o governo Bolsonaro como fascista. Fez análises políticas e de mídia. Fez mea-culpa pelo apoio ao Golpe de 2016. Sobrou até pro paywall dos jornais online.
 
Na internet, claro, a turma se dividiu: entre os bolsonaristas, ele virou alvo de ataques. E entre os progressistas e pessoas de esquerda, uma parte abriu os braços para receber o influencer “no outro lado”. Porém, há uma parcela que resiste em esquecer seus posicionamentos do passado. E vale lembrar que nem só de Felipe Neto vive essa divisão. O bote dos ditos "arrependidos" aumenta a cada dia.

No Braincast 358, Carlos Merigo, Ana Freitas, Cris Dias, Marko Mello e Túlio Custódio debatem sobre como os progressistas devem lidar com quem pula o muro. Num momento político como o que vivemos, o “descancelamento” deve ser concedido a quem acena com a pauta progressista? Será que não estamos abraçando muito rápido quem talvez nem queira ser abraçado - tratando como militante quem só tem uma opinião minimamente civilizada? Num governo como o que temos, com a milícia digital que ele tem, vale qualquer tipo de apoio sem avaliação? Será que estamos sendo justos com os influenciadores do bem?

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