A intimidade numa família não é um dado adquirido, é preciso construi-la, mas depois mantê-la, alimentando-a com uma partilha das nossas alegrias, mas, também das nossas tristezas. A verdade, porém, é que temos muito mais facilidade em falar com os outros das primeiras, escondendo muitas vezes as segundas, sob o pretexto de não queremos “pesar” naqueles que nos são mais próximos.
A filha indigna-se: “Não nos roubem o direito a preocuparmo-nos”, diz, argumentando que o rombo na relação entre pais e filhos é grande quando uma das partes descobre muito tarde que a outra está (ou esteve) doente, angustiada ou com problemas e não permitiu que a acompanhassem nesse sofrimento ou inquietação.
O mesmo aplica-se aos filhos, reage imediatamente a avó/mãe, até porque a única forma de ficarmos realmente sossegados é termos a certeza de que caso aconteça alguma coisa seremos imediatamente informados.
Nada melhor do que o Advento para começarmos a praticar.