Uma conversa com José Manuel Pureza que parte da ideia de que "nós somos os livros que lemos", para seguidamente nos guiar pelo Périplo de Miguel Portas, que olha a Europa a partir do Mediterrâneo como uma promessa quase mitológica: "Afinal, a Atlântida não é uma miragem, nem sequer uma vista. É esta a utopia deste mar."
Por outro lado, o retrato autobiográfico que O Retorno de Dulce Maria Cardoso nos traz, ajuda a perceber quanto da Europa que conhecemos hoje foi construída com os ingredientes do fim dos impérios coloniais, com o conceito de "imaginação do centro" muito presente nas utopias actuais.
Terminamos, com a utopia do livro que está por escrever sobre o rapto actual da Europa, que actualize a mitologia grega fundacional do continente com os desafios actuais de quem o poderá estar a raptar, temas que pretendemos ver debatidos no Festival Utopia.