A especialista Iêda de Carvalho Mendes, pesquisadora da Embrapa Cerrados, nos conta sobre a revolucionária Tecnologia de Bioanálise de Solo (BioAS). Essa inovação integra enzimas biológicas às análises de solo, fornecendo informações valiosas sobre a atividade biológica e saúde dos solos. Iêda explicará como a BioAS, por meio dos Índices de Qualidade de Solo, contribui para o manejo agrícola sustentável, auxiliando os agricultores a tomarem decisões embasadas na saúde e sustentabilidade do solo.
O ativo BioAS é uma tecnologia que agrega o componente biológico às análises de rotina de solos.
Consiste na análise das enzimas arilsulfatase e beta-glicosidase, associadas aos ciclos do enxofre e do carbono, respectivamente. Por estarem relacionadas, direta ou indiretamente, ao potencial produtivo e à sustentabilidade do uso do solo, essas enzimas funcionam como bioindicadores e ajudam a avaliar a saúde dos solos.
A tecnologia BioAS também envolve o cálculo de Índices de Qualidade de Solo (IQS), calculados com base nas propriedades químicas e biológicas em conjunto (IQSFertbio ) e separadamente (IQSBio e IQSQuim).
Trata-se de uma inovação que está alinhada ao objetivo de viabilizar tecnologias que promovam a sustentabilidade das atividades agrícolas com o equilíbrio ambiental.
Até recentemente, a presença de bioindicadores que ajudassem a avaliar a saúde dos solos ainda não fazia parte das rotinas de análises de solo. Essa ausência do componente biológico nas análises de rotina ocorria não só no Brasil, mas na maioria dos países do mundo.
Nos últimos 20 anos o grupo de pesquisa com Bioindicadores de Qualidade de Solo, da Embrapa, tem se dedicado à seleção de bioindicadores robustos, que permitam que o agricultor brasileiro possa monitorar a “saúde” de seu solo, sabendo exatamente o que avaliar, o porquê avaliar, como avaliar, quando avaliar e principalmente, como interpretar o que foi avaliado.
A grande vantagem da BioAS é que as enzimas são mais sensíveis que indicadores químicos e físicos, detectando com maior antecedência alterações que ocorrem na saúde do solo, em função do seu uso e manejo.
As duas enzimas selecionadas são altamente correlacionadas com o rendimento de grãos e com a matéria orgânica do solo. A lista de vantagens também inclui: precisão, coerência, baixa variabilidade temporal, sensibilidade, simples determinação analítica, estão ligados à ciclagem da matéria orgânica do solo, não são influenciadas pela aplicação de adubos e envolvem o uso de reagentes de baixo custo relativo e fora da lista de controle do Exército.
Também se adequam aos aspectos relacionados à amostragem de solo após a colheita das culturas e aos mesmos procedimentos adotados no pré-tratamento das amostras de solo para as análises de fertilidade química (podem ser secas ao ar e peneiradas em peneira de malha 2 mm).
A recomendação da arilsulfatase e da beta-glicosidase coloca o Brasil na vanguarda mundial desse assunto. Seu uso como parte das rotinas de análise de solo também favorecerá a inserção do país na bioeconomia, fornecendo métricas para atestar que o crescimento agrícola com sustentabilidade é, de fato, uma grande oportunidade para o nosso país.
A principal aplicação do ativo é a agregação nas análises de rotina de solo de parâmetros que verificam o nível de atividade biológica do solo, para auxiliar na tomada de importantes decisões sobre o manejo da propriedade agrícola.
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