As 24 horas depois do estupro. A Fernanda achou que já tinha passado pelo pior, mas ainda enfrentou uma peregrinação por delegacia, IML e hospital.
Horas e horas com a mesma roupa que vestia quando foi atacada, contando e recontando em detalhes o que aconteceu, em meio a exames íntimos e profissionais despreparados para lidar com a situação.
Mesmo quando conseguem superar tudo isso e falar, a denúncia pode não dar em nada. É o que vemos na história das irmãs Iara e Iracema, na Ilha do Marajó. O pai chegou a ser foi preso por estupro, mas pouco tempo depois já estava de volta em casa. Quando Ana Paula Araújo chega lá, com um delegado, uma ativista, e um jornalista, para entrevistar o acusado, uma surpresa: os abusos não só continuaram. Pioraram. As vítimas decidem sair dali imediatamente. Só resta saber se todos cabem no pequeno barco.