Revoluções feitas em casa com divórcios. Ameaças de tareia para resolver problemas no Ministério do Trabalho. E a gestão política dos convites para as festas. Entrevista ao advogado (e forcado) João Nuno Azevedo Neves sobre o que mudou na Justiça em 1974/75, os colegas que escondeu em casa e a intimidação do Copcon.

Revolu&ccedil;&otilde;es feitas em casa com div&oacute;rcios. Amea&ccedil;as de tareia para resolver problemas no Minist&eacute;rio do Trabalho. E a gest&atilde;o pol&iacute;tica dos convites para as festas. Entrevista ao advogado (e forcado) Jo&atilde;o Nuno Azevedo Neves sobre o que mudou na Justi&ccedil;a em 1974/75, os colegas que escondeu em casa e a intimida&ccedil;&atilde;o do Copcon.

Como era a vida quotidiana nos anos de 1974 e 1975? As memórias do vertiginoso dia-a-dia nas várias áreas da sociedade portuguesa durante o PREC. Programa de entrevistas conduzidas por Rui Ramos e Pedro Jorge Castro.

Como era a vida quotidiana nos anos de 1974 e 1975? As mem&oacute;rias do vertiginoso dia-a-dia nas v&aacute;rias &aacute;reas da sociedade portuguesa durante o PREC. Programa de entrevistas conduzidas por Rui Ramos e Pedro Jorge Castro.

A Vida em Revolução

“Os juízes ligados à esquerda impunham-se quase como tiranos, com prepotência, a assustar as testemunhas”

O choque violento com Vasco Gonçalves na assembleia do MFA. As influências que viravam Otelo no Copcon. As longas reuniões do Conselho da Revolução. Os agricultores armados para se defenderem das ocupações. E a granada que rebentou numa manifestação. Segunda parte da conversa com o general Pezarat Correia, que foi membro do Conselho da Revolução e comandante da Região Militar Sul.

O choque violento com Vasco Gon&ccedil;alves na assembleia do MFA. As influ&ecirc;ncias que viravam Otelo no Copcon. As longas reuni&otilde;es do Conselho da Revolu&ccedil;&atilde;o. Os agricultores armados para se defenderem das ocupa&ccedil;&otilde;es. E a granada que rebentou numa manifesta&ccedil;&atilde;o. Segunda parte da conversa com o general Pezarat Correia, que foi membro do Conselho da Revolu&ccedil;&atilde;o e comandante da Regi&atilde;o Militar Sul.

Pezarat Correia: “O Vasco Gonçalves estava extremamente perturbado na parte final do governo dele”

Histórias de bastidores da origem do Movimento dos Capitães. Conspirações arriscadas em Angola. As eleições para a comissão do MFA. A Kalashnikov que levou para o encontro com Jonas Savimbi, que “estava sempre disposto a trair tudo”. As negociações com a FNLA e o MPLA até aos acordos de Alvor. A viagem de Almeida Santos a Luanda, o ultimato contra o governador e a chegada de Rosa Coutinho. As greves dos caminhos de ferro e dos camionistas e a ocupação da rádio. O 11 de março no gabinete do Chefe do Estado Maior do Exército. E a crítica à Presidência da República de Spínola. Primeira parte da conversa com o general Pedro Pezarat Correia, antigo membro do Conselho da Revolução.

Hist&oacute;rias de bastidores da origem do Movimento dos Capit&atilde;es. Conspira&ccedil;&otilde;es arriscadas em Angola. As elei&ccedil;&otilde;es para a comiss&atilde;o do MFA. A Kalashnikov que levou para o encontro com Jonas Savimbi, que &ldquo;estava sempre disposto a trair tudo&rdquo;. As negocia&ccedil;&otilde;es com a FNLA e o MPLA at&eacute; aos acordos de Alvor. A viagem de Almeida Santos a Luanda, o ultimato contra o governador e a chegada de Rosa Coutinho. As greves dos caminhos de ferro e dos camionistas e a ocupa&ccedil;&atilde;o da r&aacute;dio. O 11 de mar&ccedil;o no gabinete do Chefe do Estado Maior do Ex&eacute;rcito. E a cr&iacute;tica &agrave; Presid&ecirc;ncia da Rep&uacute;blica de Sp&iacute;nola. Primeira parte da conversa com o general Pedro Pezarat Correia, antigo membro do Conselho da Revolu&ccedil;&atilde;o.

Pezarat Correia: “Estive com Spínola na Guiné e eu tinha ali um comandante. Depois, como Presidente, foi um desastre”

O recrutamento pelo MRPP e a desilusão com o irrealismo do partido. A luta corpo a corpo com um agente da PIDE que o baleou — e só não o matou porque ficou sem balas. As três detenções, a tortura e o “segredo” na prisão de Caxias. A recusa de uma fuga para Paris, por achar que ir para o exílio era prova de fraqueza. Os primeiros sinais da revolução na cadeia e a libertação no dia 26 de abril de 1974. O uso de ficheiros da PIDE nas detenções de militantes do MRPP depois da revolução. O encontro com Arnaldo de Matos. As acusações de desvio burguês e de ser um bon-vivant. E o sonho de transformar Portugal na Albânia, “um delírio completo”.

O recrutamento pelo MRPP e a desilus&atilde;o com o irrealismo do partido. A luta corpo a corpo com um agente da PIDE que o baleou &mdash; e s&oacute; n&atilde;o o matou porque ficou sem balas. As tr&ecirc;s deten&ccedil;&otilde;es, a tortura e o &ldquo;segredo&rdquo; na pris&atilde;o de Caxias. A recusa de uma fuga para Paris, por achar que ir para o ex&iacute;lio era prova de fraqueza. Os primeiros sinais da revolu&ccedil;&atilde;o na cadeia e a liberta&ccedil;&atilde;o no dia 26 de abril de 1974. O uso de ficheiros da PIDE nas deten&ccedil;&otilde;es de militantes do MRPP depois da revolu&ccedil;&atilde;o. O encontro com Arnaldo de Matos. As acusa&ccedil;&otilde;es de desvio burgu&ecirc;s e de ser um bon-vivant. E o sonho de transformar Portugal na Alb&acirc;nia, &ldquo;um del&iacute;rio completo&rdquo;.

“Os juízes ligados à esquerda impunham-se quase como tiranos, com prepotência, a assustar as testemunhas”

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