A pancadaria no Técnico. Os professores amedrontados. As estranhas reuniões com os comunistas. E a detenção de Soares Carneiro. Marçal Grilo descreve os momentos mais tensos que viveu em 1974 e 1975.

A pancadaria no T&eacute;cnico. Os professores amedrontados. As estranhas reuni&otilde;es com os comunistas. E a deten&ccedil;&atilde;o de Soares Carneiro. Mar&ccedil;al Grilo descreve os momentos mais tensos que viveu em 1974 e 1975.

Como era a vida quotidiana nos anos de 1974 e 1975? As memórias do vertiginoso dia-a-dia nas várias áreas da sociedade portuguesa durante o PREC. Programa de entrevistas conduzidas por Rui Ramos e Pedro Jorge Castro.

Como era a vida quotidiana nos anos de 1974 e 1975? As mem&oacute;rias do vertiginoso dia-a-dia nas v&aacute;rias &aacute;reas da sociedade portuguesa durante o PREC. Programa de entrevistas conduzidas por Rui Ramos e Pedro Jorge Castro.

A Vida em Revolução

Rui Ramos e João Miguel Tavares pretendem tirar o pó à História, tornando-a aquilo que merece ser: fascinante, apaixonante, discutível e polémica. Se tiver dúvidas, pergunte: historia@observador.pt

Rui Ramos e Jo&atilde;o Miguel Tavares pretendem tirar o p&oacute; &agrave; Hist&oacute;ria, tornando-a aquilo que merece ser: fascinante, apaixonante, discut&iacute;vel e pol&eacute;mica. Se tiver d&uacute;vidas, pergunte: historia@observador.pt

E o Resto é História

Glórias e misérias da semana política nacional, misturadas com um episódio do baú. Todas as quartas-feiras, na Tarde Política da Rádio Observador, com o Pedro Jorge Castro.

Glórias e misérias da semana política nacional, misturadas com um episódio do baú. Todas as quartas-feiras, na Tarde Política da Rádio Observador, com o Pedro Jorge Castro.

O Esplendor e a Infâmia

Marçal Grilo e os dias mais quentes da Revolução: “Houve muita maldade nos saneamentos”

O medo quando se viu cercado por 20 guerrilheiros do MPLA “muito zangados”. A agitação com a chegada de Rosa Coutinho a Angola. O falhanço das informações americanas. Os encontros com Savimbi e Holden Roberto. A venda do BMW e dos eletrodomésticos para continuar a pagar contas. A máquina que imprimiu notas para pagar 18 mil salários. O milionário com companhias duvidosas. E a vida faustosa sem um tostão no bolso. As memórias incríveis de João Van Zeller dos tempos em que era administrador do Banco Inter-Unido, em Angola.

O medo quando se viu cercado por 20 guerrilheiros do MPLA &ldquo;muito zangados&rdquo;. A agita&ccedil;&atilde;o com a chegada de Rosa Coutinho a Angola. O falhan&ccedil;o das informa&ccedil;&otilde;es americanas. Os encontros com Savimbi e Holden Roberto. A venda do BMW e dos eletrodom&eacute;sticos para continuar a pagar contas. A m&aacute;quina que imprimiu notas para pagar 18 mil sal&aacute;rios. O milion&aacute;rio com companhias duvidosas. E a vida faustosa sem um tost&atilde;o no bolso. As mem&oacute;rias incr&iacute;veis de Jo&atilde;o Van Zeller dos tempos em que era administrador do Banco Inter-Unido, em Angola.

João Van Zeller: “Em Luanda, o fim criou uma inconsciência eufórica. As pessoas ficavam excitadas e faziam grandes disparates”

O psiquiatra José Gameiro recorda como o 25 de abril mudou os relacionamentos. Separações (incluindo a sua), o ambiente de festa permanente sem ir a casa, a promiscuidade e as trocas de casais, os efeitos inusitados da pornografia nos cinemas. Mas também descreve o ano que passou no Alentejo a viver com um grupo de médicos, os alentejanos que achavam que viviam num “bacanal permanente”, as mulheres que não iam ao ginecologista, as lutas com o PCP, a sua campanha para deputado — e o 25 de novembro com uma pistola a ocupar a vila de Cuba.

O psiquiatra Jos&eacute; Gameiro recorda como o 25 de abril mudou os relacionamentos. Separa&ccedil;&otilde;es (incluindo a sua), o ambiente de festa permanente sem ir a casa, a promiscuidade e as trocas de casais, os efeitos inusitados da pornografia nos cinemas. Mas tamb&eacute;m descreve o ano que passou no Alentejo a viver com um grupo de m&eacute;dicos, os alentejanos que achavam que viviam num &ldquo;bacanal permanente&rdquo;, as mulheres que n&atilde;o iam ao ginecologista, as lutas com o PCP, a sua campanha para deputado &mdash; e o 25 de novembro com uma pistola a ocupar a vila de Cuba.

José Gameiro: “No meio da Revolução havia quase sexo ao vivo pelos cantos. Era a libertinagem completa”

“Fizemos eleições para capitão. Foi uma novidade. E fui eu o eleito”. Toni, velha glória do Benfica, recorda os jogos com adeptos encostados às balizas; as lutas para criar o sindicato dos jogadores, com Simões, Artur Jorge e Jorge Sampaio; os clubes que pagavam para livrar jogadores da tropa; o assédio dos partidos aos futebolistas; e a saída do estádio numa carrinha militar para fugir à multidão.

&ldquo;Fizemos elei&ccedil;&otilde;es para capit&atilde;o. Foi uma novidade. E fui eu o eleito&rdquo;. Toni, velha gl&oacute;ria do Benfica, recorda os jogos com adeptos encostados &agrave;s balizas; as lutas para criar o sindicato dos jogadores, com Sim&otilde;es, Artur Jorge e Jorge Sampaio; os clubes que pagavam para livrar jogadores da tropa; o ass&eacute;dio dos partidos aos futebolistas; e a sa&iacute;da do est&aacute;dio numa carrinha militar para fugir &agrave; multid&atilde;o.

Marçal Grilo e os dias mais quentes da Revolução: “Houve muita maldade nos saneamentos”

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