A estilista Ana Salazar recorda a mudança da clientela, as alterações no sentido estético, os primeiros desfiles — e a influência de uma decisão de Vasco Gonçalves na expansão do negócio da moda.

A estilista Ana Salazar recorda a mudan&ccedil;a da clientela, as altera&ccedil;&otilde;es no sentido est&eacute;tico, os primeiros desfiles &mdash; e a influ&ecirc;ncia de uma decis&atilde;o de Vasco Gon&ccedil;alves na expans&atilde;o do neg&oacute;cio da moda.

Como era a vida quotidiana nos anos de 1974 e 1975? As memórias do vertiginoso dia-a-dia nas várias áreas da sociedade portuguesa durante o PREC. Programa de entrevistas conduzidas por Rui Ramos e Pedro Jorge Castro.

Como era a vida quotidiana nos anos de 1974 e 1975? As mem&oacute;rias do vertiginoso dia-a-dia nas v&aacute;rias &aacute;reas da sociedade portuguesa durante o PREC. Programa de entrevistas conduzidas por Rui Ramos e Pedro Jorge Castro.

A Vida em Revolução

Ana Salazar e a moda em 1974: "As pessoas faziam fila para comprar calças de ganga. Esgotavam logo"

Um castigo levou-o a falhar o 25 de abril no posto de comando, onde foi substituído por Otelo. Seguiu os acontecimentos a partir dos Açores, onde apoiou Melo Antunes a tomar a PIDE e ocupou a sede da Legião Portuguesa. A euforia das primeiras horas: “Parecia um doidinho, aos saltos: ‘Pá, ganhámos!’” As sete comissões de moradores da Calçada da Ajuda. E as descrições incríveis das fúrias nos diálogos com os outros militares, nas várias lutas pela tomada do poder — mas também por causa do tamanho das patilhas. Vasco Lourenço, parte I.

Um castigo levou-o a falhar o 25 de abril no posto de comando, onde foi substitu&iacute;do por Otelo. Seguiu os acontecimentos a partir dos A&ccedil;ores, onde apoiou Melo Antunes a tomar a PIDE e ocupou a sede da Legi&atilde;o Portuguesa. A euforia das primeiras horas: &ldquo;Parecia um doidinho, aos saltos: &lsquo;P&aacute;, ganh&aacute;mos!&rsquo;&rdquo; As sete comiss&otilde;es de moradores da Cal&ccedil;ada da Ajuda. E as descri&ccedil;&otilde;es incr&iacute;veis das f&uacute;rias nos di&aacute;logos com os outros militares, nas v&aacute;rias lutas pela tomada do poder &mdash; mas tamb&eacute;m por causa do tamanho das patilhas. Vasco Louren&ccedil;o, parte I.

Vasco Lourenço: “Bateram palmas ao Spínola porquê? Insultei-os: ‘Cambada de carneiros!’”

Os choques com Spínola na Guiné: “Mas que raio de general é o senhor?” As fintas à PIDE, a revolta contra o regime e as discussões mais tensas: “Eu tive sempre uma postura de confronto.” O espanto quando ouviu pela primeira vez Melo Antunes a falar: “Quem é este gajo? Temos homem!” O plano de rapto para evitar a ida para os Açores. E a forma como enganou os outros militares, para os convencer a pedirem a demissão do Exército em vez de optarem por uma manifestação.

Os choques com Sp&iacute;nola na Guin&eacute;: &ldquo;Mas que raio de general &eacute; o senhor?&rdquo; As fintas &agrave; PIDE, a revolta contra o regime e as discuss&otilde;es mais tensas: &ldquo;Eu tive sempre uma postura de confronto.&rdquo; O espanto quando ouviu pela primeira vez Melo Antunes a falar: &ldquo;Quem &eacute; este gajo? Temos homem!&rdquo; O plano de rapto para evitar a ida para os A&ccedil;ores. E a forma como enganou os outros militares, para os convencer a pedirem a demiss&atilde;o do Ex&eacute;rcito em vez de optarem por uma manifesta&ccedil;&atilde;o.

“Assumo a golpada contra os meus camaradas.” Vasco Lourenço e a conspiração para o 25 de Abril

Otelo achou que podia ter vencido no 25 de novembro, mas quis evitar mortes e uma guerra civil. As duas prisões, as duas eleições presidenciais e o longo período em que viveu com duas mulheres. Segunda parte da entrevista com o filho de Otelo, Sérgio Carvalho: “Compreendo a amargura dos filhos das vítimas das FP”.

Otelo achou que podia ter vencido no 25 de novembro, mas quis evitar mortes e uma guerra civil. As duas pris&otilde;es, as duas elei&ccedil;&otilde;es presidenciais e o longo per&iacute;odo em que viveu com duas mulheres. Segunda parte da entrevista com o filho de Otelo, S&eacute;rgio Carvalho: &ldquo;Compreendo a amargura dos filhos das v&iacute;timas das FP&rdquo;.

Ana Salazar e a moda em 1974: "As pessoas faziam fila para comprar calças de ganga. Esgotavam logo"

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